quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Intervenção psicopedagógico

A intervenção psicopedagogica é um meio eficaz como forma de prevenção do fracasso escolar, a mediação por meio de diversos recursos que visa trabalhar o cognitivo e emocional permite não apenas o sucesso na aprendizagem, mas possibilita o resgate de sua autoestima e autonomia, tornando assim mais fácil aprendizado como também interação e socialização.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

ESPAÇO CONVIVER E APRENDER OFERECE:

O Espaço Conviver e Aprender tem como objetivo auxiliar e mediar os sujeitos para uma aprendizagem significativa. O trabalho nesse espaço é evidenciado por profissionais que visam compreender os sentimentos que advém da autoestima, essa por sua vez, deve ser entendida primeiramente com o próprio indivíduo e depois por seus pares. Como resultado, buscamos intervir nos processos de apreensão em diversos aspectos, sendo eles: cognitivos, afetivos-emocional e nos conteúdos escolares para que o sujeito aprendente tenha êxito na sua vida escolar e social.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Na Educação Infantil fazemos um trabalho de orientação, sobretudo na prevenção de futuros problemas de aprendizagem, nesse sentido, oferecer parâmetros do desenvolvimento infantil e do processo de organização psíquica. Apontar direções para o planejamento de atividades a serem realizadas com as crianças, assim como sinalizar eventuais dificuldades que as crianças dessa faixa etária podem apresentar.

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR

Ø  Plantão de dúvidas
Visa solucionar problemas pontuais, revisar conteúdos e resolver exercícios, de modo a preparar o aluno para provas e outras avaliações. Com um trabalho personalizado, identificamos a dificuldade do aluno a fim de compreender a matéria, resolver os exercícios com segurança e melhorar seu desempenho escolar.

Ø  Reforço escolar
Com o intuito de preencher lacunas no aprendizado, revisar conteúdos teóricos, desenvolver os tópicos vistos em sala de aula, organizar e preparar tarefas e exercícios para fixação, trabalhar habilidades tais como o senso crítico, organização, interpretação, coerência e raciocínio lógico.
No acompanhamento, o estudante contará com o apoio de educadores altamente capacitados e qualificados.

Ø  Orientação de estudos
A orientação de estudos é uma forma encontrada para dar suporte ao aluno em termos de organização escolar.
Atendemos casos particulares de encaminhamento psicopedagógico.
A orientação é indicada nos casos em que há alguma dificuldade de estudo que não pode ser resolvida de forma imediata.
O orientador ouve o aluno, o orienta nos estudos, dá dicas e sugestões, motiva e cobra estudo, quando necessário.

ESPAÇO DE FORMAÇÃO

Iniciamos mais um grande passo no sentido de consolidar o nosso trabalho psicopedagógico e pedagógico com a inauguração do Espaço de Formação, voltado para o aprimoramento de profissionais da educação, futuros educadores e público afim.
Oferecemos cursos, palestras, oficinas e grupo de estudos.  Prestamos consultoria às escolas, com foco na capacitação de professores, na assessoria em ações pedagógicas e psicopedagogia institucional e na gestão e adequação de projetos pedagógicos.

ORIENTAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA

Orientação psicopedagógica para profissionais formados e recém-formados, com o objetivo de acompanhar os processos de diagnóstico e intervenção.



Daniela Alonso Vieira
Neuropsicopedagoga Clínica
ABPp: 13298

Espaço Conviver e Aprender
Rua Desembargador Rocha Portela, 1016. Casa 2 CEP 03567-000 – São Paulo
(11) 3571-6035 (11) 95457-6432 (Tim)
e.mail: espacoconvivereaprender@gmail.com        

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Os pequenos já resolvem problemas

Eles não conhecem bem os algarismos nem sabem fazer muitas contas, mas são capazes de responder questões envolvendo números


Como distribuir 53 lápis entre os 24 colegas da classe para que todos possam desenhar? Quem ganhou o campeonato de boliche da turma? As crianças da pré-escola ainda estão aprendendo a seqüência numérica e pouco dominam a escrita dos algarismos, mas podem encontrar respostas para questões como essas - que aparecem com freqüência na sala de aula ou fora dela. Na verdade, elas são problemas matemáticos a serem solucionados.

Longe dos tradicionais enunciados envolvendo números, que surgem formalmente no Ensino Fundamental, estimular a garotada a dar uma resposta em casos como os apresentados acima faz com que os pequenos comecem a levantar hipóteses e a selecionar e interpretar dados, competência que será usada em toda a vida escolar. Com isso, eles também são estimulados a pensar com autonomia e a tomar decisões sem seguir fórmulas.
Para Virgínia Oliveira, coordenadora pedagógica do Colégio Marista, de Brasília, o papel do professor é estar atento às variadas suposições que surgem, encorajar a participação de todos e transformar as observações feitas pelas crianças em conhecimento. Usar jogos, brincadeiras e os diversos impasses do dia-a-dia para explorar tais habilidades é o mais indicado para essa faixa etária (leia quadro na página abaixo).

Várias respostas 
Repartir os lápis na hora de desenhar seria mais um fato corriqueiro para a turma de 4 anos da professora do Colégio Marista, Maria Stella Machado, se ela não tivesse transformado o episódio em situação de aprendizagem. Na hora de entregar o material, ela pediu ajuda ao grupo: como fazer para que todos fiquem com quantidades iguais? Alguém poderia ter sugerido colocar os objetos no centro da mesa, ao alcance de todos, em vez de distribuir. Não seria uma saída? As questões podem contemplar diversas alternativas e todas devem ser acolhidas.
Resolver problemas na Educação Infantil... 
• Estimula o raciocínio divergente, indutivo e lógico.

• Permite diferentes soluções, que devem ser analisadas coletivamente.
A decisão coletiva, porém, foi dar um objeto para cada um. Às vezes, as crianças nem contam com quantos cada um ficou, deduzindo que a divisão terminou quando não existe mais peça sem dono. Foi o que aconteceu na sala de Maria Stella.Ao perceber que alguns ficariam com mais e outros com menos, a garotada quis recomeçar o processo, dessa vez contando um por um.No fim, a surpresa: sobraram lápis, e todos tomaram contato com o conceito de resto. Há casos também em que quem divide esquece de si mesmo e percebe que ficou sem nada. A intervenção então deve ocorrer para que as crianças raciocinem sobre o que aconteceu e procurem encontrar outros caminhos possíveis.
Contas na hora de comer 

A hora do lanche costuma render impasses que podem ser repassados para as crianças. Acompanhe as sugestões dadas por Virgínia de Oliveira, do Colégio Marista, de Brasília:

• Se todos quiserem se sentar juntos na mesma mesa, lance o problema: quantas são as crianças? Qual o número de cadeiras em cada mesa? Como distribuir de modo que ninguém fique de fora?

• Nos lanches coletivos, em que a merenda é socializada com a turma, pense com eles como dividir os salgados e os doces para que todos provem um pouquinho de tudo.

• Em aulas de culinária, lance desafios: se determinada receita dá para 5 pessoas, quantas devemos fazer para que 35 comam? Como se calcula a quantidade de ingredientes nesse caso? E para fazer para apenas uma pessoa? Lembre-se sempre de pedir o registro das hipóteses e de discutir os procedimentos.
Quem ganhou? 
Além das situações do cotidiano, é possível planejar os desafios. É o caso do jogo de boliche praticado por turmas de 5 anos do Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora, em Campinas, no interior paulista. Para indicar o vencedor, é preciso raciocinar matematicamente. O que vai garantir o interesse pela atividade é o encadeamento de perguntas. "Orientamos os professores a explorarem a situação em todos os aspectos", diz Márcia Teixeira, coordenadora pedagógica da escola. Ao propor jogos individuais, a garotada precisa somar e comparar resultados. Já quando são organizados grupos para disputar o campeonato, os procedimentos envolvem contas e raciocínios mais complexos. "Sem que percebam, as crianças se envolvem em cálculos mentais, operações matemáticas e outros conteúdos da disciplina."

Célia Regina Grando, professora do curso de pós-graduação em Educação da Universidade de São Francisco, em Bragança Paulista, também no interior de São Paulo, ressalta a importância do registro de procedimentos e resultados. É quando a garotada passa da manipulação concreta de objetos para a elaboração do conhecimento no nível da representação. Segundo Priscila Monteiro, consultora do projeto Matemática É D+, da Fundação Victor Civita, é essa abstração que permitirá que a criança, em futuras situações, efetue os cálculos e faça antecipações.

A turma de 5 e 6 anos de Lilian Rosária de Freitas, do Salesiano, costuma apresentar registros variados: alguns desenham bolas ou traços e há quem já use algarismos, às vezes isoladamente - com o número total (por exemplo, 5) - ou em seqüência (1 2 3 4 5) para chegar ao resultado. A diversidade de soluções deve ser socializada, colocando- as no quadro para que todos debatam e concluam se há uma mais adequada. Alguns vão afirmar que o uso de números é preferível ao de desenhos e outros que é impossível um só símbolo representar um monte de peças. O importante é não cair na tentação de introduzir a notação numérica, já que nessa etapa o objetivo é só fazer com que a turma entre em contato com as diversas formas de representar quantidades.
Quer saber mais?
CONTATOS
Colégio Marista
, Av. L2 SGAS, Q 609, 0200-690, Brasília, DF, tel. (61) 3442-9400
Colégio Salesiano Nossa Senhora Auxiliadora, R. Baronesa Geraldo de Rezende, 330, 13075- 270, Campinas, SP, tel. (19) 3744-6800

BIBLIOGRAFIA
Resolução de Problemas
, Katia Stocco Smole, Maria Ignez Diniz e Patrícia Cândido, 96 págs., Ed. Artmed, tel. 0800- 703-3444, 42 reais


Acesso dia 04/08/2015
http://revistaescola.abril.com.br/matematica/pratica-pedagogica/pequenos-resolvem-problemas-429868.shtm

terça-feira, 21 de julho de 2015

PLANO DE AULA LÍNGUA PORTUGUESA 2ºANO


PLANO DE AULA BIMESTRAL
PÚBLICO ALVO: 2º ANO/2015

PROFESSORA: Elimari Russiano Libert

 Conteúdo

·        Unidade 01
Leitura de textos com imagens
Revisão da distinção entre letra de imprensa maiúscula e minuscula
Discriminação dos sons das letras T e D;
Percepção das várias possibilidades de combinação de letras e formação de palavras.
·        Unidade 02
Texto: Sono pesado
Palavras com p com b
Percepção das várias possibilidades de combinação de letras e formação de palavras.
Ordem alfabética
Palavras com g ou c
Construção das rimas e poemas
·        Unidade 03
Texto 1: O mingau doce
Uso dos parágrafos       
Letra R em diferentes posições.
Texto 2: Os três irmãos

Objetivos

  • Desenvolver a capacidade de ler, compreender e localizar informações no texto lido, práticas de entendimento e observação da relação som e escrita, habilidades de produção de frases e parágrafos.
  • Diferenciar a linguagem escrita da linguagem falada.
  • Ampliar o repertório literário/vocabulário.
  • Sistematizar a relação texto/imagem para coerência do texto.
  • Construir o conceito de frase.
  • Conhecer o sistema de escrita alfabética, compreendendo o uso das letras maiúsculas e minúscula, regras ortográficas na escrita de palavras com Ve F e T e D.
  • Reconhecer a mudança de significado quando se altera as letras das palavras e a estrutura e características do gênero textual: cantiga. O uso correto do R e RR na escrita.
  • Identificar gêneros textuais e seus contextos de produção: poema. Seus elementos organizacionais e estruturais (versos, estrofes, rimas, disposição gráfica). O uso correto das letras G e C na escrita das palavras. A relação entre o som e grafia do R e RR em diferentes contextos.
  • Aprender a segmentar a escrita, compreendendo que os espaços em branco correspondem á separação entre as palavras e textos.
  • Dominar as correspondências entre letras ou grupos de letras e seu valor sonoro, de modo a escrever palavra e textos.
  • Perceber a mudança de significado quando alteram as letras das palavras.
  • Compreender os critérios e funções do uso da ordem alfabética e elementos que compõe um conto
  • Empregar adequadamente as letras P e B na escrita das palavras.
  • Apropria-se do conceito pronome.

Estratégias

Na unidade 1 iniciaremos com a leitura de texto com imagens: Para introduzir o gênero legenda, optou-se por partir de uma noticia em que a imagem mostra-se fundamental para atrair a atenção. Em seguida discutiremos sobre a imagem despertando a curiosidade para saber que fatos a envolvem e fazer um levantamento de suas hipóteses sobre o assunto da noticia a partir da analise da imagem. Providenciarei materiais impressos para que os alunos possam explorá-los. Em duplas, os alunos irão jogar no tabuleiro disponível no material didático, espera-se leva-los a observar que o texto (legenda) tem a função de complementar as informações cedidas pelas imagens. Trabalharemos conceitos gramaticais propostos na unidade e atividades complementares para trabalhar a discriminação dos sons das letras T e D; cruzadinhas, completar frases, ligar palavras e localiza-las em jornais.
Revisão da distinção entre letra de imprensa maiúscula e minúscula. Alfabeto, utilizaremos como recursos cd de música e alfabeto móvel disponível no material didático e jogos como forca e formar palavras a partir do alfabeto.
Iniciaremos com a leitura compartilhada do livro paradidático Amigos da Amazônia, utilizando a estratégia de leitura com identificação dos fatores chaves, após discutiremos sobre o entendimento do capitulo da história.

Na unidade 2 iniciarei fazendo um levantamento prévio do conhecimento dos alunos sobre poemas. Depois de ouvi-los, relembrar que eles já tiveram contato com poemas no 1º ano e verificar se alguém lembra algum poema. Caso nenhum alunos se manifeste, apresentarei um poema escrito na lousa. Em seguida leitura compartilhada do poema: Sonos pesados. Discutiremos o entendimento do poema, caracterizando esse gênero textual através de suas hipóteses, após iremos realizar as atividades propostas de interpretação do livro. Explicações do gênero rimas, disposição gráfica, sonoridade, organização em versos e estrofes.  Em seguida selecionaremos alguns livros de contos e poemas, após farão atividade em dupla onde terão que folhear os livros e deverão observar a diagramação dos textos e escolherão trechos em prosa e versos e farão a leitura para a turma. Em seguida, identificarão quais as semelhanças e as diferenças que perceberam entre os textos.
Trabalharemos conceitos gramaticais propostos na unidade com apoio de recursos disponíveis e material de apoio ao professor; (faixa 1 do cd Porta aberta). Utilizarei como complemento atividades extras para trabalhar palavras com C e G. (completar lacunas, caça-palavras, alfabeto móvel). Utilizarei também como recurso jornais e revistas para que os alunos identifiquem as palavras e pinte-as de acordo com as legendas: amarelo para palavras que tenham a letra C, e azul para palavras que tenham a letra G.
Recital de poemas: Os alunos irão pesquisar ler e ouvir muitos poemas, após faremos uma roda de leitura e escrita dos poemas, o aluno irá ler os poemas que copiou e ouvir a leitura dos poemas escolhidos pelos colegas.
Projeto digital x analógico.
Utilizarei como recurso um vídeo sobre o avanço do telefone, após criarão histórias em quadrinhos sobre o vídeo assistido.

 Na unidade 3 iniciarei fazendo um levantamento prévio do conhecimento dos alunos através de imagens do conto e as reconhecem na cena e quais desses contos eles mais gostaram. Em seguida leitura compartilhada do conto 1: O mingau doce, utilizando a estratégia de leitura com identificação dos fatores chaves. Discutiremos o entendimento do poema, caracterizando esse gênero textual através de suas hipóteses, após iremos realizar as atividades propostas de interpretação do livro.

Trabalharemos atividades propostas na unidade com objetivo de chamar a atenção do uso dos parágrafos e a letra R em diferentes posições.
Utilizarei também como recurso jornais e revistas para que os alunos identifiquem as palavras e pinte-as de acordo com as legendas: verde para palavras escritas apenas com R, e azul para palavras escritas com RR.
Leitura compartilhada do conto 2: O mingau doce, utilizando a estratégia de leitura com identificação dos fatores chaves. Após a finalização da leitura, discutiremos sobre a confirmação ou não de suas hipóteses. Em seguida iremos realizar as atividades propostas de interpretação do livro.
Finalizaremos com a leitura compartilhada do livro paradidático Amigos da Amazônia, utilizando a estratégia de leitura com identificação dos fatores chaves, após discutiremos sobre o entendimento da história.

Revisão: No final da unidade 3, realizarei revisão de todas as unidades aplicadas no bimestre.

 Avaliações

Trabalho em dupla (recital de poemas).
Atividade em dupla – Sobre o livro paradidático Amigos da Amazônia.

Solicitação de pesquisa em jornais ou revistas em sala.

Observação diária para acompanhar o desenvolvimento dos alunos.

Participação na aula e realização de atividades.

Avaliação bimestral e mensal.

 Bibliografias
 Manual do Educador- Maria Eduarda Noronha e Maria Luíza Soares.
Livro: FTD Porta Aberta - Isabella Carpaneda.
Livro: Construindo e Aprendendo

Editora: Construir- Angiolina Bragança.

domingo, 19 de julho de 2015

A QUEIXA PSICOPEDAGÓGICA

A QUEIXA PSICOPEDAGÓGICA

É o relato dos pais ou mesmo do paciente, sobre os problemas de aprendizagem que está enfrentando, geralmente a queixa vem envolvida de valores, agentes ocultos e moldada à dinâmica e ao funcionamento familiar e escolar do sujeito
A queixa é o motivo da consulta.
É a partir dela que  o psicopedagogo já começa a levantar hipóteses.
Independentemente do narrador a conduta de escuta do psicopedagogo é valiosa
e requer uma postura responsável, porém descontraída , sem demonstrar surpresa, temor, repulsa ou qualquer outra emoção relacionada à história que está sendo contada. As informações ouvidas pelo psicopedagogo devem ser apreendidas apenas no que diz respeito ao sintoma. Muitas vezes o relator se perde e acaba colocando outros assuntos, desviando o foco.



excesso de diagnósticos de patologias sem critério

Entrevista com Maria Cristina Mantovanini

Educadora questiona o excesso de diagnósticos de patologias sem critério, reforça a obrigatoriedade do estágio supervisionado em Psicopedagogia e critica a imagem desgastada da profissão


Com o passar do tempo, a Psicopedagogia vem ganhando espaço na Educação. Dentro ou fora das instituições de ensino, educadores têm se debruçado sobre questões afins à aprendizagem e à afetividade, temas básicos da área. No entanto, a formação de muitos deles se mostra frágil e insuficiente, o que vem desgastando a credibilidade da profissão. A prática equivocada desses profissionais, além de não ajudar crianças e jovens a aprender, é marcada pelo hábito de diagnosticar distúrbios, como a dislexia. "Quem pode afirmar algo desse tipo são os médicos, que são habilitados para tal", afirma Maria Cristina Mantovanini, psicopedagoga com quase 30 anos de experiência. Para ela, não é problema os docentes buscarem esse conhecimento para aperfeiçoar a prática desde que estudem a teoria continuamente e respeitem os limites de atuação próprios da área. 

Historiadora, doutora em Psicologia Escolar pela Universidade de São Paulo (USP) e integrante da Sociedade Brasileira de Psicanálise (SBP), trabalhou em escolas por 14 anos. "Fui professora em diversos segmentos - da Educação Infantil à pós- graduação - e atuei como orientadora pedagógica. Conheço em profundidade o cotidiano do ambiente escolar, com o qual mantenho contato direto, o que é fundamental para atuar como psicopedagoga." 

Em entrevista a NOVA ESCOLA, Maria Cristina também fala sobre os grandes teóricos da área e convida à reflexão sobre o jeito normativo com que a aprendizagem tem sido encarada. 

O que é Psicopedagogia e qual a função desempenhada por quem segue a carreira?
MARIA CRISTINA 
É uma área do conhecimento que estuda questões ligadas à afetividade e à cognição e trabalha com elas. Pela escassez de produção acadêmica de qualidade sobre o tema, é difícil apresentar uma definição mais completa. Na escola, o profissional pode desempenhar duas funções. Uma é trabalhar diretamente com o corpo docente, abordando questões da dinâmica da sala de aula, da relação entre alunos e professores e, entre esses, o coordenador pedagógico e a família. Outra é atender no contraturno as crianças que estão apresentando algumas dificuldades em classe. 

No consultório, como é a atuação desse profissional?
MARIA CRISTINA 
Bem variada, mas sempre é necessário saber o objetivo do trabalho e focar as questões cognitiva e afetiva. É impossível separar uma da outra. Se a criança leva a lição de casa do dia para fazer lá, ele pode observar e analisar como ela lida com o desafio e de que forma se organiza e administra o tempo, por exemplo. Observando tudo isso, o profissional pode intervir, conversar, problematizar a situação. Também é interessante usar brinquedos e jogos, dentre eles os de raciocínio, como SenhaMancala e baralho, para avaliar como o aluno opera frente a problemas. Nos dias de hoje, é fundamental incluir a informática. Lanço mão de jogos virtuais, como o The Sims, cujo objetivo é governar uma cidade fictícia. 

Em atendimentos particulares, qual deve ser a relação entre o psicopedagogo e a escola?
MARIA CRISTINA 
Ele tem de conhecer a dinâmica da instituição e manter um contato estreito com a equipe docente. Para tanto, deve se reunir com o professor ou o coordenador ou manter com eles conversas por telefone ou e-mail. 

Estudar Psicopedagogia ajuda o educador a ensinar melhor?
MARIA CRISTINA 
Não necessariamente. É claro que ele pode buscar um curso sério para aprender sobre o assunto. Porém, para ser um bom professor, é preciso conhecer as didáticas específicas da disciplina que ensina e as teorias do desenvolvimento e da aprendizagem, além de estudar Jean Piaget (1896-1980), Lev Vygotsky (1896-1934) e Henri Wallon (1879-1962). Acredito que seja mais proveitoso para o docente estudar e trabalhar em parceria com colegas da escola e com o coordenador pedagógico, que deve orientá-lo sempre. 

Qual é a bibliografia básica da área de Psicopedagogia?
MARIA CRISTINA 
Piaget é o primeiro autor que recomendo. Mas estudá-lo não significa ler as obras dele uma vez e pronto. É preciso se dedicar aos textos a vida inteira. A temática, por si só, precisa estar em foco de modo contínuo porque a escola muda o tempo todo. Também considero importante ler os textos do austríaco Sigmund Freud (1856-1939) e do britânico Wilfred Bion(1897-1979). Dos teóricos contemporâneos, indico o italiano Antonio Imbasciati e a argentina Sara Pain. Vale lembrar que os argentinos são precursores na área e a apresentaram aos brasileiros. Diferentemente de nós, eles têm uma graduação específica sobre essa área do conhecimento. 

Apesar de recente no Brasil, a profissão está desgastada. Há profissionais com formação inadequada e práticas ineficazes. O que acha disso?
MARIA CRISTINA 
Infelizmente, eu poderia passar muito tempo listando outros problemas. Hoje, qualquer um diz que é psicopedagogo. As pessoas acham isso chique, como ser participante dereality show e modelo. Existem professores particulares e fonoaudiólogos que afirmam "também faço um trabalhinho de Psicopedagogia", assim, no diminutivo, como se fosse algo simples. Ficam inventando diferenciais. Para ser um bom profissional, é necessário estudar muito a fim de entender sobre afetividade, cognição e mundo inconsciente. Só assim é possível reunir a Psicologia e a Pedagogia. Isso aponta para outra questão problemática, a formação do profissional. Há poucas instituições de ensino sérias, que oferecem bons cursos. A formação do psicopedagogo carece de mudanças. Os programas têm de ser mais longos e prever a experiência clínica obrigatória. A dedicação só à teoria não basta. Estar na escola e contar com a orientação de alguém com mais experiência é fundamental. 

As escolas, em geral, reagem bem à intervenção de um psicopedagogo?
MARIA CRISTINA 
Nem sempre. Às vezes, o início do trabalho é difícil. A situação é contraditória: a escola está sobrecarregada - mas quando a ajuda chega reage com desconfiança e descrença. Por um lado, quem leciona tem um pouco de razão. O psicopedagogo é aquela pessoa que vem de fora para opinar, mas não vive o dia a dia da sala de aula. Então, ele precisa saber se aproximar e estabelecer uma relação de confiança, deixando claro que quer contribuir e sabe 

Acesso em 10/07/2015 http://revistaescola.abril.com.br/formacao/entrevista-maria-cristina-mantovanini-diagnosticos-doencas-psicopedagogia-693752.shtml

Código de ética do psicopedagogo

Código de ética do psicopedagogo

Reformulado pelo Conselho da ABPp, gestão 2011/2013 e aprovado em Assembleia Geral em 5/11/2011
O Código de Ética tem o propósito de estabelecer parâmetros e orientar os profissionais da Psicopedagogia brasileira quanto aos princípios, normas e valores ponderados à boa conduta profissional, estabelecendo diretrizes para o exercício da Psicopedagogia e para os relacionamentos internos e externos à ABPp – Associação Brasileira de Psicopedagogia.
A revisão do Código de Ética é prevista para que se mantenha atualizado com as expectativas da classe profissional e da sociedade.
Capítulo I – Dos princípios
Artigo 1º
A Psicopedagogia é um campo de atuação em Educação e Saúde que se ocupa do processo de aprendizagem considerando o sujeito, a família, a escola, a sociedade e o contexto sócio-histórico, utilizando procedimentos próprios, fundamentados em diferentes referenciais teóricos.
Parágrafo 1º
A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do conhecimento, relacionada com a aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre os processos de aprendizagem e as suas dificuldades.
Parágrafo 2º
A intervenção psicopedagógica na Educação e na Saúde se dá em diferentes âmbitos da aprendizagem, considerando o caráter indissociável entre o institucional e o clínico.
Artigo 2º
A Psicopedagogia é de natureza inter e transdisciplinar, utiliza métodos, instrumentos e recursos próprios para compreensão do processo de aprendizagem, cabíveis na intervenção.
Artigo 3º
A atividade psicopedagógica tem como objetivos:
       a)  promover a aprendizagem, contribuindo para os processos de inclusão escolar e social; 
       b)  compreender e propor ações frente às dificuldades de aprendizagem; 
       c)  realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia; 
       d)  mediar conflitos relacionados aos processos de aprendizagem.
Artigo 4º
O psicopedagogo deve, com autoridades competentes, refletir e elaborar a organização, a implantação e a execução de projetos de Educação e Saúde no que concerne às questões psicopedagógicas.
Capítulo II – Da formação
Artigo 5º
A formação do psicopedagogo se dá em curso de graduação e/ou em curso de pós-graduação – especialização “lato sensu” em Psicopedagogia, ministrados em estabelecimentos de ensino devidamente reconhecidos e autorizados por órgãos competentes, de acordo com a legislação em vigor.
Capítulo III – Do exercício das atividades psicopedagógicas
Artigo 6º
Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais graduados e/ou pós-graduados em Psicopedagogia – especialização “lato sensu” - e os profissionais com direitos adquiridos anteriormente à exigência de titulação acadêmica e reconhecidos pela ABPp. É indispensável ao psicopedagogo submeter-se à supervisão psicopedagógica e recomendável processo terapêutico pessoal.
Parágrafo 1º
O psicopedagogo, ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá fazê-lo de acordo com as normas do Estatuto da ABPp e os princípios deste Código de Ética.
Parágrafo 2º
Os honorários deverão ser tratados previamente entre o cliente ou seus responsáveis legais e o profissional, a fim de que:
a) representem justa contribuição pelos serviços prestados, considerando condições socioeconômicas da região, natureza da assistência prestada e tempo despendido;
b) assegurem a qualidade dos serviços prestados.
Artigo 7º
O psicopedagogo está obrigado a respeitar o sigilo profissional, protegendo a confidencialidade dos dados obtidos em decorrência do exercício de sua atividade e não revelando fatos que possam comprometer a intimidade das pessoas, grupos e instituições sob seu atendimento.
Parágrafo 1º
Não se entende como quebra de sigilo informar sobre o cliente a especialistas e/ou instituições, comprometidos com o atendido e/ou com o atendimento.
Parágrafo 2º
O psicopedagogo não revelará como testemunha, fatos de que tenha conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade judicial.
Artigo 8º
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados, mediante concordância do próprio avaliado ou de seu representante legal.
Artigo 9º
Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos cujo acesso não será franqueado a pessoas estranhas ao caso.
Artigo 10
O psicopedagogo procurará desenvolver e manter boas relações com os componentes de diferentes categorias profissionais, observando para esse fim, o seguinte:
a) trabalhar nos estritos limites das atividades que lhe são reservadas;
b) reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização, encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento.
Capítulo IV – Das responsabilidades
Artigo 11
São deveres do psicopedagogo:
a) manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem da aprendizagem humana;
b) desenvolver e manter relações profissionais pautadas pelo respeito, pela atitude crítica e pela cooperação com outros profissionais;
c) assumir as responsabilidades para as quais esteja preparado e nos parâmetros da competência psicopedagógica;
d) colaborar com o progresso da Psicopedagogia;
e) responsabilizar-se pelas intervenções feitas, fornecer definição clara do seu parecer ao cliente e/ou aos seus responsáveis por meio de documento pertinente;
f) preservar a identidade do cliente nos relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos;
g) manter o respeito e a dignidade na relação profissional para a harmonia da classe e a manutenção do conceito público.
Capítulo V – Dos instrumentos
Artigo 12
São instrumentos da Psicopedagogia aqueles que servem ao seu objeto de estudo – a aprendizagem. Sua escolha decorrerá de formação profissional e competência técnica, sendo vetado o uso de procedimentos, técnicas e recursos não reconhecidos como psicopedagógicos.
Capítulo VI – Das publicações científicas
Artigo 13
Na publicação de trabalhos científicos deverão ser observadas as seguintes normas:
        a)  as discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas à matéria em discussão e não ao seu autor; 
        b)  em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos autores e seguir normas científicas vigentes de publicação. Em nenhum caso o psicopedagogo se valerá da posição hierárquica para fazer publicar, em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação; 
       c)  emtodotrabalhocientíficodevemserindicadasasreferências bibliográficas utilizadas, bem como esclarecidas as ideias, descobertas e as ilustrações extraídas de cada autor, de acordo com normas e técnicas científicas vigentes.
Capítulo VII – Da publicidade profissional
Artigo 14
Ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá fazê- lo com exatidão e honestidade.
Capítulo VIII- Dos honorários
Artigo 15
O psicopedagogo, ao fixar seus honorários, deverá considerar como parâmetros básicos as condições socioeconômicas da região, a natureza da assistência prestada e o tempo despendido.
Capítulo IX – Da observância e cumprimento do Código de Ética
Artigo 16
Cabe ao psicopedagogo cumprir este Código de Ética.
Parágrafo único - Constitui infração ética:
       a)  utilizar títulos acadêmicos e/ou de especialista que não possua; 
       b)  permitir que pessoas não habilitadas realizem práticas 
psicopedagógicas; 
       c)  fazer falsas declarações sobre quaisquer situações da prática 
psicopedagógica; 
       d)  encaminhar ou desviar, por qualquer meio, cliente para si; 
       e)  receber ou exigir remuneração, comissão ou vantagem por serviços 
psicopedagógicos que não tenha efetivamente realizado; 
       f)  assinar qualquer procedimento psicopedagógico realizado por 
terceiros, ou solicitar que outros profissionais assinem seus procedimentos.

Artigo 17 

Cabe ao Conselho Nacional da ABPp zelar, orientar pela fiel observância dos princípios éticos da classe e advertir infrações se necessário.
Artigo 18
O presente Código de Ética poderá ser alterado por proposta do Conselho Nacional da ABPp, devendo ser aprovado em Assembleia Geral.
Capítulo X – Das disposições gerais
Artigo 19
O Código de Ética tem seu cumprimento recomendado pelos Conselhos Nacional e Estaduais da ABPp.
O presente Código de Ética foi elaborado pelo Conselho Nacional da ABPp do biênio 1991/1992, reformulado pelo Conselho Nacional do biênio 1995/1996, passa por nova reformulação feita pelas Comissões de Ética triênios 2008/2010 e 2011/2013, submetida para discussão e aprovado em Assembleia Geral em 05 de novembro de 2011.
Quézia Bombonatto

Presidente do Conselho Nacional da ABPp
Presidente Nacional da ABPp
 - Gestão 2008/2010 e 2011/2013
Acesso em 19/07;2015 as 20:10 
http://www.abpp.com.br/c%C3%B3digo-de-%C3%A9tica-do-psicopedagogo

INTERVENÇÕES MOTIVACIONAIS

A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR INTERVENÇÕES MOTIVACIONAIS AOS FUTUROS PSICOPEDAGOGOS
Daniela Alonso Vieira
                                         
RESUMO: Esse artigo tem como objetivo apresentar aos profissionais da psicopedagogia e futuros profissionais a importância da motivação no trabalho psicopedagógico direcionado a desenvolver a competência e habilidade dos futuros psicopedagogos, que trazem consigo um desejo de aprender, motivar e intervir.
PALAVRAS-CHAVES: Intervenção, motivação, psicopedagogos.

A palavra intervenção tem origem no vocábulo latim interventĭo, intervenção é a ação e o efeito de intervir. Dicionário da Língua Portuguesa. Na educação a intervenção é uma interferência que o professor faz sobre o processo de desenvolvimento ou aprendizagem do aluno. Na psicopedagogia entende-se que na intervenção o recurso adotado que interfere no processo de aprendizagem com o objetivo de compreender como o sujeito aprende. É preciso introduzir novos elementos para que o aprendente, pense, elabore de uma forma diferenciada, quebrando padrões anteriores de relacionamento com o mundo das pessoas e das ideias.
O sentido para a palavra intervenção é:
Estar presente: não indica necessariamente uma ação, o que leva a pensar em alguém disponível, que aguarda uma solicitação. Estar presente parece indicar uma posição, alguém a quem se pode recorrer e que está inteiro na situação. Assistir: indica ajuda, cuidados, apoio, (SILVIA ANCONA-LOPEZ 1995:200).

Para Weiss (2000), a prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. Alicia Fernández (2001) relata que todo sujeito tem sua modalidade de aprendizagem e os seus meios para construir o próprio conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o saber.
A aprendizagem subjetiva, isto é, o conhecimento prévio do aluno, a crença na própria capacidade, a disponibilidade e curiosidade, a valorização dos saberes que possui e o sentimento de pertinência ao grupo inserido são alguns dos fatores que norteiam o mesmo ensino, há sempre construção de diferentes aprendizagens, mediar nesse processo é criar mecanismo que contribua para novos conhecimentos.
Etimologicamente, segundo Bzuneck (2004b, p.9), a palavra motivação de tem sua origem no verbo latino movere, cujo tempo supino motum e o substantivo motivum, determinam semanticamente a palavra motivo. Portanto, a motivação pode ser definida como “[...] aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar o curso”. Nessa direção, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define a motivação como “um conjunto de processos que dão ao comportamento uma intensidade, uma direção determinada e uma forma de desenvolvimento próprias da atividade individual” (HOUAISS; VILLAR; FRANCO, 2004, p.1968). Segundo Bzuneck (2004), a motivação é entendida como um conjunto de fatores ou como um processo que leva, instiga ou provoca uma escolha, iniciando um comportamento que está direcionado a um objeto. .A motivação é considerada um fator de extrema importância para o êxito na aprendizagem. Podemos definir motivação como a força propulsora interior a cada pessoa que estimula, dirige e mobiliza, ou seja, conduz o sujeito à ação com empenho e entusiasmo.
A motivação como objeto de socialização, não pode ser ensinada e nem treinada, mas cabe ao professor o papel de motivar os seus alunos. Bzuneck (2004), O professor deve criar um ambiente motivador, desenvolver em sala de aula situações de aprendizagem em que o aluno tenha papel ativo na construção do conhecimento, usando adequadamente os recursos didáticos, a avaliação formativa, as estratégias de ensino e o conteúdo, proporcionando atividades desafiadoras.
Entretanto o professor é, por excelência, o principal agente motivador. Precisa estar motivado, ter compromisso pessoal com a educação, demonstrar dedicação, entusiasmo, amor e prazer no que faz.
A motivação e criatividade, mais do que um objetivo a ser alcançado passa a ser concebida como um recurso necessário ao estudante de psicopedagogia, como ponto de partida, o docente poderá contribuir com uma aula planejada de intervenções motivacionais, proporcionando momentos para criar, indagar, participar e escutar, oferecendo ao aluno condições necessárias para possíveis questionamentos, permitindo-lhe conscientizar-se do seu potencial criativo.  A construção de um ambiente de aprendizagem estimulante está associado à motivação de quem aprende. Almeida (1993), também considera que a aprendizagem ocorre no vínculo com outra pessoa, a que ensina, “aprender, pois, é aprender com alguém”. Os aspectos pelos quais o docente deverá investir em situações de aprendizagens, tanto emocional quanto cognitiva, criar condições do aluno perceber a sua própria necessidade de aprender e crescer; é preciso que se instale nele o desejo de aprender (Weiss, 2003, p. 136).
CONCLUSÃO
O trabalho do professor como articulador e promotor de ações que gerem mudanças, mesmo que de início sejam acanhadas, mas que, minimizem os problemas relativos à falta de motivação.
O futuro psicopedagogo tem que se autorizar sair da acomodação e questionar os anseios e as expectativas em relação à própria formação, ao seu trabalho, a sua vida.
O olhar psicopedagógico está dirigido à individualidade do aprendente, bem como sua atuação em grupo. Precisa-se preencher as lacunas da formação do psicopedagogo, não por meio de receitas prontas, mas por meio de uma  formação que vislumbre o aluno como sujeito pensante e atuante.
Na sala de aula o docente pode propor momentos do ouvir, do falar e do criar, fazendo as intervenções motivacionais, regada do seu saber, da sua criatividade, da sua perspicácia, para que tenha condições de adaptar o trabalho a que se propõe, de acordo com as necessidades e possibilidades do contexto em que está atuando.






Referências bibliográficas
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