domingo, 19 de julho de 2015

INTERVENÇÕES MOTIVACIONAIS

A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR INTERVENÇÕES MOTIVACIONAIS AOS FUTUROS PSICOPEDAGOGOS
Daniela Alonso Vieira
                                         
RESUMO: Esse artigo tem como objetivo apresentar aos profissionais da psicopedagogia e futuros profissionais a importância da motivação no trabalho psicopedagógico direcionado a desenvolver a competência e habilidade dos futuros psicopedagogos, que trazem consigo um desejo de aprender, motivar e intervir.
PALAVRAS-CHAVES: Intervenção, motivação, psicopedagogos.

A palavra intervenção tem origem no vocábulo latim interventĭo, intervenção é a ação e o efeito de intervir. Dicionário da Língua Portuguesa. Na educação a intervenção é uma interferência que o professor faz sobre o processo de desenvolvimento ou aprendizagem do aluno. Na psicopedagogia entende-se que na intervenção o recurso adotado que interfere no processo de aprendizagem com o objetivo de compreender como o sujeito aprende. É preciso introduzir novos elementos para que o aprendente, pense, elabore de uma forma diferenciada, quebrando padrões anteriores de relacionamento com o mundo das pessoas e das ideias.
O sentido para a palavra intervenção é:
Estar presente: não indica necessariamente uma ação, o que leva a pensar em alguém disponível, que aguarda uma solicitação. Estar presente parece indicar uma posição, alguém a quem se pode recorrer e que está inteiro na situação. Assistir: indica ajuda, cuidados, apoio, (SILVIA ANCONA-LOPEZ 1995:200).

Para Weiss (2000), a prática psicopedagógica deve considerar o sujeito como um ser global, composto pelos aspectos orgânico, cognitivo, afetivo, social e pedagógico. Alicia Fernández (2001) relata que todo sujeito tem sua modalidade de aprendizagem e os seus meios para construir o próprio conhecimento, e isso significa uma maneira muito pessoal para se dirigir e construir o saber.
A aprendizagem subjetiva, isto é, o conhecimento prévio do aluno, a crença na própria capacidade, a disponibilidade e curiosidade, a valorização dos saberes que possui e o sentimento de pertinência ao grupo inserido são alguns dos fatores que norteiam o mesmo ensino, há sempre construção de diferentes aprendizagens, mediar nesse processo é criar mecanismo que contribua para novos conhecimentos.
Etimologicamente, segundo Bzuneck (2004b, p.9), a palavra motivação de tem sua origem no verbo latino movere, cujo tempo supino motum e o substantivo motivum, determinam semanticamente a palavra motivo. Portanto, a motivação pode ser definida como “[...] aquilo que move uma pessoa ou que a põe em ação ou a faz mudar o curso”. Nessa direção, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa define a motivação como “um conjunto de processos que dão ao comportamento uma intensidade, uma direção determinada e uma forma de desenvolvimento próprias da atividade individual” (HOUAISS; VILLAR; FRANCO, 2004, p.1968). Segundo Bzuneck (2004), a motivação é entendida como um conjunto de fatores ou como um processo que leva, instiga ou provoca uma escolha, iniciando um comportamento que está direcionado a um objeto. .A motivação é considerada um fator de extrema importância para o êxito na aprendizagem. Podemos definir motivação como a força propulsora interior a cada pessoa que estimula, dirige e mobiliza, ou seja, conduz o sujeito à ação com empenho e entusiasmo.
A motivação como objeto de socialização, não pode ser ensinada e nem treinada, mas cabe ao professor o papel de motivar os seus alunos. Bzuneck (2004), O professor deve criar um ambiente motivador, desenvolver em sala de aula situações de aprendizagem em que o aluno tenha papel ativo na construção do conhecimento, usando adequadamente os recursos didáticos, a avaliação formativa, as estratégias de ensino e o conteúdo, proporcionando atividades desafiadoras.
Entretanto o professor é, por excelência, o principal agente motivador. Precisa estar motivado, ter compromisso pessoal com a educação, demonstrar dedicação, entusiasmo, amor e prazer no que faz.
A motivação e criatividade, mais do que um objetivo a ser alcançado passa a ser concebida como um recurso necessário ao estudante de psicopedagogia, como ponto de partida, o docente poderá contribuir com uma aula planejada de intervenções motivacionais, proporcionando momentos para criar, indagar, participar e escutar, oferecendo ao aluno condições necessárias para possíveis questionamentos, permitindo-lhe conscientizar-se do seu potencial criativo.  A construção de um ambiente de aprendizagem estimulante está associado à motivação de quem aprende. Almeida (1993), também considera que a aprendizagem ocorre no vínculo com outra pessoa, a que ensina, “aprender, pois, é aprender com alguém”. Os aspectos pelos quais o docente deverá investir em situações de aprendizagens, tanto emocional quanto cognitiva, criar condições do aluno perceber a sua própria necessidade de aprender e crescer; é preciso que se instale nele o desejo de aprender (Weiss, 2003, p. 136).
CONCLUSÃO
O trabalho do professor como articulador e promotor de ações que gerem mudanças, mesmo que de início sejam acanhadas, mas que, minimizem os problemas relativos à falta de motivação.
O futuro psicopedagogo tem que se autorizar sair da acomodação e questionar os anseios e as expectativas em relação à própria formação, ao seu trabalho, a sua vida.
O olhar psicopedagógico está dirigido à individualidade do aprendente, bem como sua atuação em grupo. Precisa-se preencher as lacunas da formação do psicopedagogo, não por meio de receitas prontas, mas por meio de uma  formação que vislumbre o aluno como sujeito pensante e atuante.
Na sala de aula o docente pode propor momentos do ouvir, do falar e do criar, fazendo as intervenções motivacionais, regada do seu saber, da sua criatividade, da sua perspicácia, para que tenha condições de adaptar o trabalho a que se propõe, de acordo com as necessidades e possibilidades do contexto em que está atuando.






Referências bibliográficas
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